segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O pecado do Ciúme

                   
      “As coisas que a natureza humana produz são bem conhecidas. Elas são: a imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes, a adoração de ídolos, as feitiçarias, as inimizades, as brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a desunião, as divisões, as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas. Repito o que já disse: os que fazem essas coisas não receberão o Reino de Deus. Está escrito no Livro aos Gálatas 5.19-21 pelo apóstolo Paulo.” Queremos em rápidas pinceladas esboçar um pequeno comentário a respeito de uma dificuldade que todos nós estamos sujeitos, em virtude de todo ser humano em sua origem pecaminosa manifestá-la. É o tão conhecido Ciúme.
Chamou-nos a atenção um significante artigo publicado pela Folha Universal de 06 de Novembro de 2011 enfocando a “Perigosa Obsessão que é o Ciúme, escrito por Talita Boros. Há quem acredite que um pouco de ciúme não faz mal a ninguém. Mas apesar de parecer normal em certos momentos, quando se torna exagerado, ele pode levar a atos violentos e até os assassinatos. O Ciúme é um sentimento natural dos seres humanos. Todos nós cultivamos um pouco dele em nossas relações, e a maioria dos casais até convive bem com esta emoção. Quando fora de controle, porém, o Ciúme pode levar pessoas a cometer atos extremos como violência física, tortura psicológica e até assassinato. A rotina de um ciumento patológico – considerado doente – envolve o medo de perder o parceiro, insegurança e desconfiança de rivais imaginários. Não faltam casos de relações afogadas em crises agudas de Ciúme que terminaram em morte.
Thiago de Almeida, psicólogo especializado no tratamento das dificuldades nos relacionamentos amorosos, explica que o Ciúme patológico ou obsessivo é baseado apenas em atitudes retalhadoras e em ações negativas para o relacionamento. “A pessoa obsessiva tem uma alta quantidade de comportamentos explosivos e intensos, como brigas. São sempre “atitudes recorrentes”, afirma. Segundo o especialista, as características mais comuns das pessoas extremamente ciumentas são a insegurança e a baixa auto-estima. “Todos nós somos ciumentos, mas os patológicos são os causadores de crimes”, completa. Já Segundo Kelen de Bernardi Pisol, psicóloga, além do patológico,existem outros dois tipos de Ciúme: o normal e o excessivo. “O Ciúme normal não é ruim. Ele funciona como sensor de perigo da relação. Já o excessivo é aquele que a pessoa tem reações exageradas, mas que não ultrapassam a normalidade. Que o sentimento tem a ver com insegurança, com o modo em que a pessoa se vê, em como ver o parceiro e como ela enxerga o amor. De alguma forma, o enciumado acredita que está cuidando do parceiro e tomando conta da relação.”
Mas, o que devemos fazer para amenizar e equilibrar este sentimento? Na minha experiência de esposa, mãe e educadora, o caminho a ser tomado antes de tudo, depois também de ajuda psicológica, é intimidade com Deus. Através de uma vida de Oração, unido ao jejum que fortalecerá  a comunhão com Deus, e leitura das Escrituras Sagradas; considerando também, que este sentimento segundo a Bíblia é obra da carne.A velha natureza deve morrer, à medida que a nova natureza é alimentada, manifestando assim, o Fruto do Espírito: Amor, Gozo, Paz, Longanimidade, Benignidade, Bondade , Fidelidade, Mansidão Domínio Próprio. A procuradora Luiza Nagib Eluf, em seu livro “A Paixão no Banco dos Réus – Casos Passionais Célebres afirma que todo crime passional é cometido por ciúme. “Se não houver ciúme, não é chamado de passional. É o ciúme possessivo, machista e descontrolado. O termo passional vem de paixão. Esse sentimento, a paixão, pode ser amoroso ou pode decorrer do sofrimento e gerar ódio. O amor verdadeiro não leva ao crime. A violência extrema que é o assassinato, somente ocorre quando o agente não ama o outro e fica possuído de um desejo de vingança decorrente do amor ferido. Em sua relação com a parceira, o homicida passional somente enxerga a si próprio. Para ele pouco importam as necessidades, os anseios, os sentimentos da sua  parceira. Trata-se de uma pessoa autocentrada que vê na mulher o espelho de sua vaidade.”
           

Nenhum comentário:

Postar um comentário